Powered By Blogger

5.12.2010

Realmente não sei por onde começar isso.Nunca consegui me levar a sério, por isso, não sei escrever de maneira séria.


Porém, aqui estou eu:

Disposto a fazer alguma coisa mais matura com as habilidades que desenvolvi durante a vida.
Essa é uma história que criei.

É algo que se aproxima da realidade, mas não o suficiente para ser real. Por isso, não se empolguem tanto assim. :)

Boa viagem a todos.



O barulho dos passos apressados esmagando as folhas secas ecoava por aquele lugar.

A respiração daquele ser era tão pesada que podia fazer qualquer um cansar somente por escutá-la.

Mas eu não entendia o porquê daquilo. Estava correndo de que, afinal?
Aos poucos ia percebendo que estava dentro de um sonho, e quem corria era eu mesmo.

Corria de meus medos, para que eles não me atingissem.Mas que medos eram esses, no fim das contas?
Acordava, então, e ia enfrentar mais um dia de colégio.

Não me perguntem o por que de eu estar usando o verbo 'enfrentar'. O colégio costuma ser uma coisa bem leve para a maioria das pessoas...

Enfim, esse segundo ano foi bem complicado. Estava num colégio novo e buscava algum tipo de aceitação dos meus colegas.

Aceitação, para um adolescente, é muito importante, espero que fique claro.


Cheguei ao colégio e cumprimentei meus colegas e amigos, sentei-me diante da mesa e comecei a ouvir música no meu mp3 velho.

Alguns dos meus amigos sentaram-se à minha volta e começaram a conversar.Mal podia ouví-los -a música estava realmente alta.
Não me recordo agora que música era, mas, me parece que era algo como Blink182. Me fugiu da memória agora... mas isso não é importante. Não no momento.


As risadas e as conversas paralelas se somavam ao barulho da bateria e começavam a me perturbar.

Minha mente estava muito cheia naquele dia. Coisas aconteciam sem eu entender e meu espírito já não estava calmo e distante como sempre. Estava agitado e próximo demais de tudo.Qualquer palavra me feria, qualquer situação me constrangia e qualquer filme de segunda me tocava e me desprendia lágrimas de emoção.
Não pude me conter...

Estava na aula, não queria que me vissem naquele estado!
Um colega mais próximo me perguntou se estava tudo bem, enquanto algumas lágrimas rolavam pelo meu rosto, um rosto gelado, do vento frio das manhãs de POA, e oleoso, da idade propícia ao crescimento de espinhas.


Eu tentava esconder aquele sentimento, mas foi em vão.


Me pergunto o porquê dos seres humanos fazerem isso. A raiva e o amor sempre fazemos questão de mostrar, porém, a melancolia, não. Quanto mais precisamos de ajuda, mais o orgulho vem à tona.

Comecei a chorar e, lógico, todos perceberam e vieram me perguntar o que tinha acontecido.
Não quis dizer.

"O que eles tem com isso?!", me perguntava.

"Me deixem chorar, droga!", era tudo que passava em minha mente naquele momento.

Mas, acabei dizendo o que era.
Minha mãe tinha sido diagnosticada com câncer.

Eu, simplesmente, naquele dia, não pude me controlar.

Ainda lembro-me bem das palavras de meu pai:

-"Filhos, sua mãe tem aproximadamente 3 meses de vida... Vamos fazer tudo para que ela tenha uma ida perfeita. Ok?"

Mais um dia de aula acabou.
Voltei para casa como se fosse uma manhã qualquer.

Ria dentro do ônibus junto com meus amigos, no caminho para o lar, e chegava em casa, mais uma vez, sem o almoço quentinho e o cheiro de comida caseira espalhado pelo ar.

"...tudo vai voltar a ser como era antes... Não se esqueça de pensar positivo!"
As coisas estavam mudando. Assim como havia pedido tantas vezes para Deus.

Mas não do jeito que eu gostaria...

...
Ao chegar no meu quarto, entrei no MSN e vi todas as meninas da minha lista.
"Qual delas pode estar afim de mim?"

Estava em uma situação delicada. Ok. Mas, meus hormônios continuavam presentes.
Não estou certo?

7 comentários: