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5.26.2010

Não posto faz uma semana hoje.
Não espero que entendam.
Todavia, tentarei dar continuidade ao final desse dia, afinal, meu cérebro parece estar quase explodindo a essa altura, e eu preciso dar vazão a meus pensamentos.
Até logo. :)

5.19.2010

Esse episódio é, no mínimo, peculiar.
Mas, como quem manda aqui é minha mente insana, não posso fazer nada a respeito.
Todavia, você pode. Desligue essa droga de computador e vá ver JN/Malhação/Pânico/futebol.
Boa viagem a todos.
...
Faz alguns anos isso.
Lembro das coisas de uma maneira vaga. Dessa forma, acabam sobrando alguns fatos e faltando algumas lembranças.
Enfim, era meu aniversário de 9 ou 10 anos e minha irmã dizia ter um presente pra mim.
Ela parecia muito empolgada com aquilo, meu pai, se contrapondo à isso, torcia suas rugas só de pensar o que minha irmã havia preparado.
Era um cão. Uma cadela, para ser mais exato.
As suas patas grossas, o corpo troncudo e um fucinho comprido faziam com que eu acreditasse que ela fosse um lobo. Ela tinha uma grande mancha preta nos pêlos das costas, uma mancha preta que, como um lindo degradê natural, ia virando amarelo e, em seguida, branco, conforme ia se desenvolvendo seu corpo.
Essa marca seguia até a cabeça, decorando seus olhos e orelhas.
Aquela pequena criatura me olhou no fundo dos olhos.
Aquele ser, recém nascido, me olhava como se tivesse encontrado um porto seguro.
Imaginei a dor dela quando perguntei para minha irmã onde estava a mãe do pequeno animal.
Ela, como todos os cães comprados, foi retirada da mãe poucas semanas após o parto.
Porém, ao me ver, ela não sentiu mais desespero, não chorava mais, não baixava as minúsculas orelhas para tapar seus olhos e não tentava mais fugir loucamente dos humanos que a cercavam.
Antes mesmo de me sentir feliz com o presente meu pai retrucou algo.
Era a respeito da minha asma. Um garoto com asma não pode correr, não pode brincar e mal pode jogar video games na casa de um amigo, por ter esse maldito problema crônico no sistema respiratório, imagine ter um animal que solta pêlos, lambe o próprio ânus e anda de pé descalços?
Minha mãe, que na época era bem saudável, o fez calar.
Que tipo de pai iria fazer isso? Se a criança tem câncer terminal, você deixaria ela trancada até o último segundo em seu quarto de hospital?
Bem, julgando que sua resposta coincidiu com a minha, vou continuar.
Minha irmã, discordando dele, hm, digamos, fervorosamente, foi embora do ambiente.
Meu pai e minha mãe brigavam cada vez com uma intensidade maior, meu irmão fugia dali em silêncio, para que não o notassem, e eu ficava ali, pensando em qual seria a parcela de culpa do cão.
-TU NÃO SABE CUIDAR DO TEU FILHO!
-AAAH! TU É QUEM SABE, NÉ, FILHA DUMA PUTA?!
-PAAARA, PAAARA COM ESSA HISTÓRIA! DEIXA O GURI TER A PORRA DE UM CACHORRO!
-...
As coisas iam de mal a pior.
A discussão acabou, pelo menos na minha frente.
Eu não lembro o que aconteceu, sinceramente. As coisas, de qualquer forma, chegaram a um nível estúpido. Era a primeira vez que via minha mãe chorar.
Pela primeira vez eu senti vergonha de ser eu.
Pela primeira vez eu vi que era uma espécie de fardo para eles.
Pela primeira vez eu pedi desculpas por uma coisa que não era culpa minha.
Minha mãe engoliu o choro e meu pai, como sempre, veio pedir desculpas e se dispôs a me deixar um pouco mais feliz com o tal do 'presente', mesmo que isso, no conceito dele, o fizesse ser um pai horrível, por me expor a essa doença.
O episódio familiar acaba aí, porém, Lua estava lá ainda, assistindo tudo em silêncio.
Quando fui vê-la, depois desse desentendimento, percebi a tristeza que emanava dela.

"alguém me entende nesse mundo..."
Lua sabia bem como eu estava me sentindo.
Seu olhar me dizia com clareza o que aquele coração canino sentia.
"Eu sei, Lua, vamos ser nós dois agora."
Irônico isso. Sempre fui bom em ajudar os outros, porém, com 10 anos de idade somente um animal pôde me entender de verdade. Imagino se isso não ocorre até os dias de hoje.

5.13.2010

Postando novamente e dando continuidade para a minha pequena 'novela'. :)
Como puderam perceber, a personagem estava em um momento bastante tenso de sua vida.
Porém, bons amigos sempre vão estar lá.
Correto?
Boa viagem a todos.
...
-Cara, tu ta afim dela de verdade?
-Acho que sim...
-Por que não vai falar com ela, meu?
-Olha ela... olha eu. haha!
-Assim, também, não dá...
O medo quase se materializa, como um monstro que para diante de mim, quando penso em conversar com uma menina.
Vai entender...
Nunca tive medo de escalar muros, pular de pontes, ir até a parte do mar em que meu irmão dizia ser perigosa, entrar em pátios alheios para pegar a bola de futebol, mas, disso, eu tinha medo.
"O que vão pensar de mim se ela me cortar?", meu ego dizia.
Ora, nada iria acontecer. Meus colegas, talvez, soltassem algumas risadas, mas nada além disso.
A vontade, todavia, de ter alguém do meu lado para me dar aquela sensação de chamego e carinho, era muito grande. Não nego, chorei algumas vezes por me sentir carente, mas entendia isso como uma 'frescura' minha.
"Quem precisa de uma namorada!?"
Engraçado, tinha muitos amigos naquele colégio, parece até que meu plano de aceitação havia dado certo! O engraçado, porém, não é isso, é o fato de que um dos meus amigos, sempre que conversava comigo, dizia estar apaixonado.
Ele tirava meninas do bolso dele para namorar/se apaixonar! Corrigindo, do meu bolso.
Eu comentava com ele que estava afim de alguém e ele, como um vulcão adolescente pronto para explodir num mar de hormônios sexuais, corria atrás daquela pessoa e, como num passe de mágica, roubava ela de mim. Nem considero muito correta a expressão "roubar", mas, eu me sentia assim.
O mais incrível disso tudo é que ele sempre se apaixonava e depois terminava com a menina com uma velocidade ainda maior do que a sua vontade de me passar para trás.
Conforme o tempo ia se arrastando, percebia o quanto as coisas eram estranhas na sociedade.
Não estou falando de mendigos na rua, de mães jogando filhas pela janela ou do governo que nos rouba enquanto gritamos 'gol!' diante da TV, mas, sim, da perda de alguns valores como a amizade, o amor, a honestidade...
Irônico como isso acaba sim abrangendo todas essas coisas que citei, mas não quero chegar nesse assunto. Não agora.
...
Blink182, I Miss You.
Apesar de ser um tanto quanto melancólica e 'dark', é uma música que expressa bem algumas coisas.
"Hm, como se a saudade não fosse um sentimento de baixa vibração e melancólico."
Sinto tanta falta de tantas coisas. Meu pai pouco fica em casa, o sofá de visitas de um quarto qualquer do quarto andar do Hospital de Clínicas de POA era seu novo lar.
Minha irmã quase não vem pra casa, e, quando vem, passa pouco tempo.
Meu irmão continuava lá, mas todas as tarefas da loja ficaram com ele. Somando isso ao outro trabalho dele, era difícil eu ter algum tipo de contato familiar.
Quando as coisas vão mudar? Ou, reformulando: vão voltar ao normal?
A vida era tão mais gostosa antes dessas mudanças...

5.12.2010

Realmente não sei por onde começar isso.Nunca consegui me levar a sério, por isso, não sei escrever de maneira séria.


Porém, aqui estou eu:

Disposto a fazer alguma coisa mais matura com as habilidades que desenvolvi durante a vida.
Essa é uma história que criei.

É algo que se aproxima da realidade, mas não o suficiente para ser real. Por isso, não se empolguem tanto assim. :)

Boa viagem a todos.



O barulho dos passos apressados esmagando as folhas secas ecoava por aquele lugar.

A respiração daquele ser era tão pesada que podia fazer qualquer um cansar somente por escutá-la.

Mas eu não entendia o porquê daquilo. Estava correndo de que, afinal?
Aos poucos ia percebendo que estava dentro de um sonho, e quem corria era eu mesmo.

Corria de meus medos, para que eles não me atingissem.Mas que medos eram esses, no fim das contas?
Acordava, então, e ia enfrentar mais um dia de colégio.

Não me perguntem o por que de eu estar usando o verbo 'enfrentar'. O colégio costuma ser uma coisa bem leve para a maioria das pessoas...

Enfim, esse segundo ano foi bem complicado. Estava num colégio novo e buscava algum tipo de aceitação dos meus colegas.

Aceitação, para um adolescente, é muito importante, espero que fique claro.


Cheguei ao colégio e cumprimentei meus colegas e amigos, sentei-me diante da mesa e comecei a ouvir música no meu mp3 velho.

Alguns dos meus amigos sentaram-se à minha volta e começaram a conversar.Mal podia ouví-los -a música estava realmente alta.
Não me recordo agora que música era, mas, me parece que era algo como Blink182. Me fugiu da memória agora... mas isso não é importante. Não no momento.


As risadas e as conversas paralelas se somavam ao barulho da bateria e começavam a me perturbar.

Minha mente estava muito cheia naquele dia. Coisas aconteciam sem eu entender e meu espírito já não estava calmo e distante como sempre. Estava agitado e próximo demais de tudo.Qualquer palavra me feria, qualquer situação me constrangia e qualquer filme de segunda me tocava e me desprendia lágrimas de emoção.
Não pude me conter...

Estava na aula, não queria que me vissem naquele estado!
Um colega mais próximo me perguntou se estava tudo bem, enquanto algumas lágrimas rolavam pelo meu rosto, um rosto gelado, do vento frio das manhãs de POA, e oleoso, da idade propícia ao crescimento de espinhas.


Eu tentava esconder aquele sentimento, mas foi em vão.


Me pergunto o porquê dos seres humanos fazerem isso. A raiva e o amor sempre fazemos questão de mostrar, porém, a melancolia, não. Quanto mais precisamos de ajuda, mais o orgulho vem à tona.

Comecei a chorar e, lógico, todos perceberam e vieram me perguntar o que tinha acontecido.
Não quis dizer.

"O que eles tem com isso?!", me perguntava.

"Me deixem chorar, droga!", era tudo que passava em minha mente naquele momento.

Mas, acabei dizendo o que era.
Minha mãe tinha sido diagnosticada com câncer.

Eu, simplesmente, naquele dia, não pude me controlar.

Ainda lembro-me bem das palavras de meu pai:

-"Filhos, sua mãe tem aproximadamente 3 meses de vida... Vamos fazer tudo para que ela tenha uma ida perfeita. Ok?"

Mais um dia de aula acabou.
Voltei para casa como se fosse uma manhã qualquer.

Ria dentro do ônibus junto com meus amigos, no caminho para o lar, e chegava em casa, mais uma vez, sem o almoço quentinho e o cheiro de comida caseira espalhado pelo ar.

"...tudo vai voltar a ser como era antes... Não se esqueça de pensar positivo!"
As coisas estavam mudando. Assim como havia pedido tantas vezes para Deus.

Mas não do jeito que eu gostaria...

...
Ao chegar no meu quarto, entrei no MSN e vi todas as meninas da minha lista.
"Qual delas pode estar afim de mim?"

Estava em uma situação delicada. Ok. Mas, meus hormônios continuavam presentes.
Não estou certo?

Espero que tenham paciência enquanto eu arrumo isso.

Prometo que a espera não vai ser em vão. :)
Eu realmente não faço idéia de como começar isso. '-'

//Sinto como se estivesse pensando alto demais dentro de uma caverna com uma péssima acústica. D:
Testando saporra. Veremos o quanto isso vai 'bombar'. :B