7.14.2011
6.01.2011
Absurdo.
Uma confusão de sentimentos que beira o absurdo.
Difícil pra mim admitir muitas coisas, mas o faço sempre que escrevo, te dizendo, portanto, algumas verdades aqui.
Nesse texto, que é um prólogo, somente, do que sinto, digo que me sinto um tanto quanto louco quando penso em ti.
Não posso dizer ainda que vou te amar para sempre ou que pretendo ser o pai de teus filhos, mas posso, nem que seja para tirar de meus ombros esse peso, dizer que tu fizeste enorme diferença para mim nos últimos meses e dias.
Aprendi há algum tempo que nenhuma forma de comunicação limita ou inferioriza a convivência humana, podendo te afirmar que me sinto mais íntimo e próximo de ti mesmo levando nosso relacionamento, na maior parte do tempo, por vias da internet e telefone celular.
Percebe-se que é plausível, afinal, após uma ligação inesperada no fim de uma madrugada qualquer de sábado que trouxe grande regozijo, ao menos para mim.
...
Sinto-me acuado como um animal indefeso recém saído de um zoológico em meio a indiferente selva quando estou perto de ti. Exagero, talvez, mas prefiro dizer que não, que é a mais pura verdade dita com a mais pura cara de pau.
Quantas vezes me senti dessa forma?
Suficientes vezes para poder dizer que sei bem onde me encontro, apesar de me sentir perdido com tudo isso. Me sinto perdido muito por não conseguir acreditar na tamanha alegria que sinto, apesar de estar, todavia, bem localizado, se é que podes me compreender. Deslumbrado pode ser a palavra correta para isso... Divaguei...
Meu coração bate, sempre que penso em ti, da mesma forma que bate quando recebo um grandessíssimo e lindo presente, da mesma forma que bate quando me emociono ao pensar que um plano meu se realizará ou, para o teu entender, da mesma forma que bate o coração de uma criança ao ver um fantástico filme de fantasia, heróis e mágica em uma gigante tela de cinema.
Quantas vezes me senti dessa forma?
Uma.
Não sei mais se são tão confusos tais sentimentos.
Temo que não sejam recíprocos, de qualquer forma, e foi com esse temor que comecei a escrever tal carta para ti.
Percebo que tu tens as tuas ocupações com estudos, família e amigos, mas ainda me sinto inseguro para afirmar que somente por elas tuas atitudes vão mudar e que, com o baixar da poeira, tu correrá novamente para meus braços.
Entende que, com isso, não estou sendo egoísta, porém, sim, cauteloso com os meus e os teus sentimentos.
Imagino que seria ruim até mesmo para ti se essas minhas tais sensações acabassem extravasando e fugindo de meu controle.
Mais uma das minhas inseguranças mora em teu senso de liberdade. Faria isso tudo com que tu me interpretasses mal? Espero que não, mas posso pré-argumentar tal circunstância com: Não. Que homem de pouca fibra escreveria tudo isso para uma mulher como tu?
...
Termina que, com medo, não sei se te entrego meus segredos.
É madrugada do dia 19 de maio de 2011. Um simplório início de quinta-feira.
Acredito que seja isso.
Acredito que posso te fazer feliz.
Acredito que poderia viver, afinal, te tendo ao meu lado.
Acredito que te amo.
O que me dizes?
PS.: Dia primeiro de junho. Obrigado por tudo.
5.08.2011
Primeiramente...
A Dor.
Somente um garoto como qualquer outro, se é que podemos comparar as pessoas. Acredito mesmo que cada um trás consigo uma carga única de energia e conceitos, ideais e amores, porém, me refiro ao fato de ele ser somente mais um dentro dessa sociedade maluca.
Ambiciosa sociedade.
Indo e voltando do colégio, de suas festinhas de garagem, da casa de amigos e de um hospital. Algo dizia que tudo iria dar certo, mas não deu. Triste pensar que a vida quase perfeita desse rapaz se desfez com uma coisa boa que é a morte. Eu digo que ela é boa, pois nos livra desse mundo terrível, por outro lado, como tudo que é considerado vida, nada se cria, tudo se transforma, sendo assim, se alguma coisa boa acontece, uma situação ruim virá, e o ruim da morte é deixar os mais fracos sozinhos para que possam erguer-se com esforço próprio. Parece tão ruim visto dessa forma?
A vida continua, sempre continua.
Quando se sente a dor da solidão é que o caráter vem à tona, mas que caráter tem um garoto simples que sempre estudou em colégios particulares e só usou roupas de marca a vida inteira somente para competir com outros da mesma faixa etária? Diga-me, amigo, sua dor é maior que seus conceitos? Quando tudo desmorona a nossa volta, sim, podemos chorar, mas, claro, para depois analisar o que está realmente acontecendo. Que autocontrole esse garoto tem para analisar uma perda de tamanha dimensão logo no auge de seu amadurecimento?
Mudanças vêm.
Aquele cabelo raspado, aquelas roupas, aquelas atitudes... o quanto isso tudo é real? Perguntas e mais perguntas. A sociedade agride, machuca, mas traz com ela pessoas de bom coração, e isso é tudo que esse garoto procura. Filosofias de vida não fazem mais sentido algum, palavras doces que se explodam em mil pedaços, elas jamais trarão suficiente conforto. Corra, rapaz... corra o mais rápido que puder, pois o tempo não vai parar por ti, não conheço histórias que provem o contrário disso. Finalmente a revolta.
A revolta ainda é dor, aprendi isso recentemente.
Ela tem um jeito único de conversar, não sei o quanto esse relacionamento vai durar, mas já valeu a pena. Entendo agora que esse garoto sente demasiada vontade de ter sua mãe novamente, ainda mais hoje, dia oito de maio, o dia das mães menos comemorado que ele já passou. Engraçado, triste, irônico... O que faz dele uma pessoa comum é ter nascido no meio de todas as pessoas como somente mais um, mas o que faz dele uma pessoa especial é ele saber disso e se sentir frustrado por não ter poder para reverter essa dor ou, pior, entender o motivo dela. Entende? O não saber faz de nós pessoas especiais, pois se não sabemos, se não temos conhecimento ou capacidade de entendimento tudo à nossa volta é fantástico. Crianças passam o tempo todo perguntando, apontando, procurando respostas, e isso faz delas seres especiais. Acho fantástico quando sou bombardeado de perguntas infantis que faço sempre questão de responder da forma mais divertida e verdadeira possível.
O menino, já quase adulto, chora sozinho em seu quarto enquanto seus amigos ligam para ele o convidando para sair.
As pessoas merecem sofrer, pois elas causam sofrimento. Correto dentro da mente de uma pessoa que já não liga para o certo ou o errado. Irônico dizer que algo soa certo enquanto, da boca para fora, palavras de rancor saem e insistem em querer dizer que nada mais importa. Algo ainda importa para ele. Jamais deixe sua luta por que sofre com outros assuntos.
Jamais deixe de lutar.
Me mostre o que é a vida agora! VAMOS! ... Melhor deixar pra lá. Temo a resposta.
5.06.2011
Un Perdant
4.14.2011
SorrisoGatinho
Como um manual (ou um desabafo, mesmo) para aqueles que desejam conhecer mais a fundo aqueles que os rodeiam.
Não tenho a mais vasta experiência de vida, mas tenho a habilidade de absorver o que me dizem e aprender, o que me deixa apto, de certa forma, a escrever sobre cada tipo de pessoa que nos cerca.
Tentarei ao máximo ser bem humorado e não fazer nenhuma análise médica a respeito das pessoas.
Vou dividir tudo em capítulos, contando pequenas histórias sobre essas pessoas e as descrevendo.
Colocarei o nome clínico no começo de cada capítulo para a diversão de vocês.
Então...
Here it goes!
Aquele Sorriso Gatinho.
(Logo no primeiro eu não consegui criar um nome, mas é fácil, são aqueles que sempre se consideram em desvantagem, se achando, assim, no direito de te torturar.)
Ele chegou, então, no meio da nossa conversa, nos comprimentando e dando um puta sorriso.
Ninguém foi grosseiro, porém, todos sentiram que aquilo era engraçado e forçado demais pra ser real.
-"Aquele cara não tava ontem...?"
-"Sei lá, meu. Foda-se. Vou comprar outra ceva."
*O CARA OUVE E VAI ATRÁS DE TI PRA PEDIR UM GOLE*
Obviamente não se sabe de onde ele veio, mas ele veio, e deve ser amigo de alguém, então, que mal faz dar um gole pro cara?
Um monstro está prestes a acordar...
Um cigarro, uma risada, uma tequila e a noite vai indo (pro saco) e aquele cara, quase amarelo de tão metido, começa a ficar íntimo da gurizada.
É aí que tua grana acaba, só dois cigarros sobram e tu pensa em guarda-los para a saidera.
E ele se aproxima...
-"Meeeu, tu tem um cigarro aí? Bah! Eu odeio pedir coisas, mas o meu cigarro acabou {[(Y I DIDNT SAW ANY CIGARETTE BEFORE?!)]} e, né... hehehe"
-"Mas... cara, tá quase acabando."
-"Poouts... mas eu te dou outro além."
-"er... Tá, ok. Pega um aí."
A noite acaba e tudo aquilo é esquecido, mas aquele cara ficou amigo da gurizada e ele agora é um rosto mais conhecido.
Suficientemente conhecido para aparecer do nada e entrar nos lugares que tu frequenta.
Ok, nada de tão ruim, até ele vir te pedir um cigarro antes mesmo de te comprimentar.
Absurdo?
Nem tanto.
Os dias passam, os fins de semana também, e aquela criatura vai criando laços e virando amigo de um ou de outro.
Ele é o amigo novo de todo mundo, apesar de ser 'das antigas', e vai começando a irritar com aquele jeito de "SOU FODA DEMAIS PARA ESSA GENTE.".
Agora ele é amigo demais pra ser mandado embora ou ignorado e chato demais pra continuar andando junto com a galere.
Esse é o 'SorrisoGatinho'.
Ele é encantador, simpático, queriiido, mas enfia uma melancia na tua traseira sem pensar duas vezes quando surge uma oportunidade de passar por cima de ti e se dar bem.
Mas, claro, tudo isso acontece pelo simples fato de tu ser muito mais sortudo que ele e precisar sustentar um cara que é teu amigo pra todas as horas.